ENTREVISTA COM MARTA ANDRADE


ENTREVISTA COM UMA DAS MAIS SENÃO A MAIS COMPLETA SAMBISTA EM PORTUGAL.
MARTA ANDRADE- RESPONSAVEL PELA COMISSÂO DE CARNAVAL DO GRES BOTA NO REGO
PARA ALEM DE JÁ TER SIDO PASSISTA , RAINHA DE BATERIA , PORTA -BANDEIRA . RITIMISTA ( FAZENDO PARTE DA ALA DE TAMBORINS DA ESCOLA ) JUNTA A TUDO ISTO QUE FAZ COM MUITO TALENTO O CARGO DE CARNAVALESCA.
E PARA QUEM PODERIA TER DUVIDAS OS 2 ULTIMOS ANOS PROVARAM QUE É UM DOS MAIORES TALENTOS AO SERVIÇO DO CARNAVAL EM PORTUGAL A NIVEL DE FANTASIAS E ADEREÇOS !!
PORQUE TANTO EM 2009 COMO ESTE ANO FOI PELAS SUAS MÃOS , SUAS SOLUÇÕES E IDEIAS QUE O GRES BOTA NO REGO APRESENTOU O TRABALHO QUE TODOS VIRAM.
AGORA PERCEBO PORQUE ATÈ EM ANOS ANTERIORES MESMO COM OUTROS CARNAVALESCOS ASSINANDO O PROJECTO DO GRES BOTA NO REGO JÁ OUVIA DIZER E VERIFICAVA A POUCO E POUCO QUE NA REALIDADE TUDO ERA DA SUA CABEÇA E QUE TINHA A " MÃO DELA "......
SEGUE A ENTREVISTA :

Desde já o meu muito obrigado pela disponibilidade para esta pequena entrevista.


-Marta como começaste essa tua paixão pelo samba e em particular pelas escolas de samba?
Desde que me lembro sempre adorei o Carnaval. A minha mãe é costureira e todos os Carnavais elaborava fantasias para mim e para o meu irmão nos mascararmos nos dias de Carnaval… Até que um dia se lembrou, juntamente com a minha tia, de formar um grupo de crianças de nome “Os Ratinhos”, no qual eu participei dois anos.

Entretanto o meu irmão desfilou nas Raízes do Samba e foi aí que comecei a sentir um grande entusiasmo pelas Escolas de Samba. Quando o meu irmão entrou para a Escola de Samba Bota no Rego, a paixão foi crescendo ainda mais. Estava sempre na primeira fila para ver o desfile das Escolas de Samba.

Lembro-me que quando vi uma filmagem de uma festa tropical na Abrigada e vi as passistas a sambar, comecei a tentar imitá-las em frente ao espelho. (eheh) E, quando em 1997 o Bota no Rego trouxe para a Avenida a primeira ala de passistas, fiquei fascinada e disse para mim mesma que seria para o ano que desfilaria no Bota. Fiz o primeiro desfile em 1998 na ala de passistas e até hoje continuo na minha Escola de Samba.

A paixão pelo Samba foi crescendo… fui conhecendo o trabalho de grandes sambistas… e entretanto em 2004 visitei a Cidade Maravilhosa, a qual me fascinou e enfeitiçou, onde terei que voltar brevemente (eheh)


-Qual o teu trajecto como sambista ?
Como já referi entrei para a Escola de Samba Bota no Rego em 1997, desfilando pela primeira vez em 1998 na ala de passistas, da qual também fiz parte nos anos de 2000 e 2006.

Fui rainha da bateria em 1999, 2001, 2003 e 2004.

Em 2005 e em 2008 senti uma enorme responsabilidade e uma emoção muito forte por erguer a bandeira do meu coração.

Neste Carnaval fiz parte da alma da Escola de Samba, a minha bateria. Fui também ritmista nos desfiles de 2002, 2007 e 2009.


Também compus o samba enredo para o Carnaval de 2006, junto com o Chora.


-Mais particularmente quando começaste a ter o gosto e vontade de te dedicares a fazer desenhos de fantasias para Carnaval como idéias e pesquisas de enredos?

Nos primeiros anos fazia a minha fantasia e pouco mais. Depois fui-me dedicando mais ajudando a minha Escola naquilo que pudesse.

Mas, nunca pensei que um dia conseguisse elaborar as fantasias da Escola de Samba, nunca mesmo.. (ehehe) E, no ano de 2006, a Escola de Samba sem carnavalesco, tinha que seguir em frente e enfrentar essa dificuldade. Formámos uma direcção artística, a qual desenvolveu o enredo desse ano. Mas as coisas nem sempre correm às mil maravilhas e como trabalhar em equipa muitas vezes não é tarefa fácil, a elaboração das fantasias ficou a meu cargo e do meu amigo e carnavalesco Fernando Sebastião. E o carnavalesco Paulo Macedo, com quem também aprendi bastante, desenhou alguns dos destaques.


-Em que ano tiveste a responsabilidade de começar a ter responsabilidade na confeção das fantasias do Gres Bota no Rego ?

Como já referi foi no ano de 2006 que pusemos mãos à obra. . O Fernando seguiu para os arames e eu começaria a fazer os moldes de todas as peças das fantasias e posteriormente seguir com a sua decoração e elaboração.


- Como encaraste esse desafio ?

Quando eu caí na realidade em que estava não foi nada fácil e pensei mesmo: “Meu Deus, eu não vou conseguir… nunca fiz um molde em toda a minha vida. ”. Este foi verdadeiramente o meu pensamento. Sentia-me muito receosa quanto às minhas capacidades. Mas também pensei que não iria desistir, porque a vida é feita de desafios e eu teria, mesmo que a muito custo, de conseguir ultrapassar este. E, como é óbvio, não me sentia sozinha, porque tinha o Fernando a apoiar-me, apesar de ele ter que se preocupar com os arames, porque disso eu não pesco nada mesmo.

Mas tive horas difíceis… no princípio para que certos moldes saíssem como na realidade eu queria, fazia muitos até conseguir o produto final. E, também não foi fácil perceber, que muitos elementos estavam muito receosos, pois eu nunca tinha feito nada parecido. E eu conseguia percebê-los, pois como é óbvio, ninguém sabia onde eu conseguia chegar, e o mais engraçado era nem eu própria o saber e, por isso mesmo, não conseguia transmitir muita confiança às pessoas. Mas felizmente, sempre me deram força e ajudaram bastante nos trabalhos. Havia uma grande expectativa por parte de todos os elementos da Escola.

Também não foi fácil conseguir habituar as pessoas à minha maneira de trabalhar, pois no Bota todos estavam habituados a muito trabalho de costura e que tudo fosse perfeito, até o interior da fantasia. E eu sempre fui da opinião de que o que conta é o aspecto exterior, o aspecto visual. Sou grande fã da cola quente!!! (eheh) E lembro-me como se fosse hoje, de que uma das primeiras peças que fiz, a saia de uma ala, não tinha costura, apenas a tinha feito com agrafos e cola quente. As pessoas gostaram muito, porque tinha muita cor, mistura de materiais e muito brilho, mas quando olharam para traz ouvi: “Com agrafos e cola quente???? Não levo uma saia dessas. Vai de certeza cair no meio do desfile”.

Mas no final de tudo, deram-me razão, pois poupamos tempo e como é óbvio dinheiro, porque na altura tínhamos poucas ajudas na área da costura, tendo que recorrer muitas vezes a costureiras exteriores à Escola.



-Que rescaldo fazes desse teu primeiro ano como carnavalesca ?

Este foi um ano que marcou bastante o Bota no Rego. Marcou-me muito não só a mim, mas a muito mais pessoas. Foi o ano no Bota no Rego em que senti mais empenho da parte dos sócios nos trabalhos para o Carnaval, pois por vezes há dificuldades na vida que nos conseguem tornar mais fortes, e neste ano foi o que nos aconteceu, trouxe-nos ainda mais união.

Eu não me considero uma carnavalesca ( eheh). Foi um bom trabalho realizado por uma equipa coesa, forte e com uma enorme vontade de vencer…não é segredo para ninguém que sozinhos não vamos a lado nenhum.

A preparação do Carnaval de 2006 não foi fácil, tivemos muitas dificuldades, mas estou certa que conseguimos com muito suor vencer todas essas batalhas e com muito orgulho ver o nosso produto final.

Descobri que afinal até tinha algum jeito para a coisa (ehehe). Ficava super feliz quando as pessoas gostavam daquilo que eu fazia. Isso dava-me mais força. Quando alguém via algo que não gostava e dizia “Ai o que é isto?? Não gosto”, apesar de ficar de certa forma um pouco triste, isso também me dava força para conseguir fazer melhor.


E chega o grande dia… De vermos na avenida o nosso trabalho… e de esperarmos a reacção das pessoas e ouvir as opiniões dos nossos elementos e do publico em geral.


E, aquilo que eu senti nos desfiles desse ano, foi algo inexplicável. Uma sensação de ter conseguido ultrapassar um grande desafio. Quando vi que estavam todos prontos para iniciarmos o desfile de domingo, queria gritar: “ Conseguimos…”. Apesar de todo o esforço, de muito trabalho, madrugadas sem pregar olho, decisões difíceis de tomar, a sensação foi gigantesca, e na altura esqueci tudo isso e entreguei-me simplesmente à alegria e emoção que estava a sentir e à grande honra e orgulho que é para mim pertencer à Comunidade Azul e Branca.

E, na terça-feira à noite, quando percebi que as opiniões das pessoas eram muito favoráveis para o Bota, fiquei super mas super feliz por ter ajudado a contribuir para um grande espectáculo da minha Escola de Samba. Nessa noite fiquei doida de alegria, tive a noite toda a cantar e não parei um minuto… nem sequer me sentei à mesa para jantar… A euforia não me deixou.



-Qual o teu estilo preferido a nível de fantasias e adereços para uma escola de samba?

Eu não tenho um estilo preferido. Gosto da novidade, de tudo o que surpreenda o público e que o consiga deixar estupefacto, maravilhado com o que está ver. E, quando sinto que o publico fica alegre a ver o Bota passar, fico muito feliz por isso.

Gosto de criar alas de fácil identificação por parte do publico, com as quais sei que os componentes se sentirão bem e que de certeza se divertirão, como foi o caso dos póneis do carrossel e do baile do Entrudo, em que as pessoas levavam uma boneca de esponja.

Gosto de enredos cheios de cor e adoro a mistura de cores, o conseguir misturar cores que achamos difíceis de ligar, como foi o caso este ano da fantasia da porta bandeira, em que ligámos o branco, preto, dourado, verde, amarelo e vermelho. Não foi fácil, mas adorei o produto final.



-Tens algum Carnavalesco que admires e até te sirva como modelo ?

Actualmente fico maravilhada com o trabalho do carnavalesco Paulo Barros, por ser inovador, ousado e conseguir levar ao público momentos mágicos, de prazer e de grande alegria.



-Este ano fazendo parte da Comissão de Carnaval que completou o enredo da autoria de Raul Diniz e praticamente com toda a responsabilidade nesse projecto como foi esse percurso e que rescaldo final fazes do trabalho apresentado ?


É sempre bom recebermos pessoas com maneiras diferentes de trabalhar e com ideias novas. Foi com muita honra que trabalhei ao lado do carnavalesco Raul Diniz, podendo partilhar conversas e formas de realizarmos as fantasias para o Carnaval. Apesar de não termos estado muito tempo juntos, gostei muito de o conhecer e, acima de tudo, apesar do seu nome e dos seus títulos, mostrou humildade, o que me cativou bastante.

O enredo foi bem conseguido e o resultado final foi novamente muito bom, fazendo o Bota um grande desfile, salientando novamente que os frutos têm por base o trabalho de toda uma equipa forte e com muita vontade.



- Quais as maiores dificuldades que se enfrenta numa escola de samba para levar a cabo um projecto de Carnaval?


Na preparação de um Carnaval existem muitas dificuldades que vão surgindo ao logo do tempo. As financeiras são as que mais nos perseguem, mas com um grande esforço por parte da direcção tudo se resolve.

Acho que a equipa deve estar sempre unida e lutar com toda a força para conseguir ultrapassar as diversas barreiras e dificuldades que vão surgindo.


- Para alem de Carnavalesca participas como integrante da bateria da escola. Qual a coisa que mais prazer te dá : Dançar- Fazer as fantasias ou tocar ?


É complicado eleger uma. Todas elas me dão enorme prazer.

Ser rainha de bateria é algo que me faz transbordar de emoção, sinto que faço parte da bateria, que sou simplesmente mais um componente.

O primeiro ano que ergui a bandeira do meu coração foi um orgulho enorme. Adorei a experiência também pelo facto de ir muito bem acompanhada, com o meu mano Hugo Andrade. Na realidade o casal de Porta Bandeira e Mestre Sala tem de transparecer muita cumplicidade e como é obvio, nós sendo irmãos, tínhamos para dar e vender. Foi um ano marcante também o de 2005.

Integrar a bateria do Bota no Rego é muito bom. Não consigo desfilar longe da bateria. A bateria tem alma, é o coração da Escola e, como um dia ouvi, é ter o pulsar do coração à batida do surdo. E o ambiente entre os batuqueiros é 5 estrelas, somos muito unidos. Como diz o meu amigo Candinho: “E pluribus unum”.

Quanto a fazer fantasias, quando vejo o meu trabalho na avenida, é uma mistura de sensações muito difícil de descrever. É muito bom ver que consegui vencer mais uma meta, porque o Carnaval é um desafio. Ver que consegui realizar adereços e fantasias, que jamais pensei que conseguiria. È algo mágico.


- Qual o teu momento mais feliz no samba ?


Sem dúvida o que mais me marcou até hoje foi o desfile de Carnaval do ano 2006, por muitas razões que já expliquei acima.

Na minha viagem ao Rio de Janeiro também tive muitos bons momentos, na qual o que mais me marcou foi o momento em que entrei no Palácio do Samba



- Qual o mais triste... o menos feliz ?

Infelizmente sou uma pessoa que não esquece muito rápido os momentos menos felizes. Para mim todas as fantasias são iguais, não distingo ninguém, não importa quem a leva, mas sim que todas vão fazer parte do desfile de Carnaval. Essa é a minha maneira de trabalhar. Fico triste quando alguém duvida disso.



- Que significa para ti o Gres Bota no Rego ?

Significa muito…

A minha paixão pela Escola de Samba Bota no Rego foi crescendo ao longo dos anos, sem eu própria dar por isso… sem eu própria sentir que na realidade a Escola de Samba já fazia parte de mim.

Todos os anos eu digo que no ano seguinte não vou fazer mais enredo, mas a verdade é que quem começa e que quem abraça com muita força uma Escola não a consegue largar.



-Que ambicionas....quais as tuas metas como carnavalesca dentro do panorama do samba em Portugal ?

Sinceramente não tenho metas como carnavalesca. Gosto muito de criar, de fazer parte de um projecto desde o início e de o conseguir desenvolver. Pretendo ficar na minha Escola de Samba de corpo e alma dando o melhor de mim e no puder contribuir para a evolução das Escolas de Samba.


- Ainda pensas voltar a ocupar algum lugar na escola a dançar ?


Penso muito. Gostava de conseguir ir novamente na bateria, mas desta vez de rainha. Mas, sinceramente chego ao Carnaval de ratos, e não sei se terei forças para ocupar esse cargo. E, ainda para mais, há bastante tempo que não ensaio, teria que voltar a ensaiar e muito.


- Tens algum projecto.... algum enredo em mente para o Carnaval 2011 ?


Por acaso já tenho uma ideia, da qual até gosto bastante.




- Com o teu trabalho muito tens contribuido para o desenvolvimento do Carnaval em Sesimbra. Como tem visto a evolução das Escolas de Samba no Carnaval de Sesimbra ?

Na minha opinião a grande evolução do Bota no Rego tem contribuído em muito para o desenvolvimento e crescimento das Escolas de Samba em Sesimbra e do Carnaval em si, e sinto me feliz por isso, salientando que tudo se deve ao grande trabalho e enorme esforço de muitos elementos da Escola.

Tem havido crescimento das Escolas de Samba de Sesimbra… sente-se por parte de algumas Escolas de Samba, a vontade de fazer melhor que o ano anterior, noutras infelizmente não se vê evolução, penso que tem de se trabalhar com muito mais.


- E a evolução das escolas de samba em Portugal .... principalmente a nível de trabalho de Carnavalescos?


Não me identifico muito com o desfile no seu conjunto de algumas Escolas de Samba, por exemplo da Mealhada, Estarreja, Ovar, Figueira da Foz, isto porque no seu todo não apresentam alas com espontaneidade, ou seja os componentes de qualquer ala, excepto baianas, estão sempre presos a uma coreografia, do principio ao fim do samba.

Nota-se uma evolução em termos de fantasias em algumas Escolas de Samba do país, mas pode-se melhorar muito mais, isto porque também a exigência é cada vez maior. Os carnavalescos devem ser mais inovadores, conseguirem transmitir uma mensagem, fazer com que o publico entenda o espectáculo ao qual está a assistir, deixar o publico de olhos fixados, tentando não plagiar, e tentarem realizar um trabalho mais comunicativo, que consiga cativar o publico a cada instante.


- Qual ou quais as escolas que mais tem evoluído a nivel nacional ?


A nível de desfile de Escola de Samba, bem como instituição o Bota no Rego está a seguir um excelente caminho, evoluindo significativamente nos últimos anos.

A Vai Quem Quer tem apresentado alguns trabalhos nos últimos anos que saltam à vista, fantasias muito bem conseguidas e com bom gosto, apesar de por vezes algumas serem plagiadas. Deve-se sempre ser criativos e originais.

Outra Escola que também me prendeu a atenção em diversas actuações que vi, apesar de não conhecer a 100% o seu trabalho, é os Unidos de Mato Grosso, isto porque com poucos anos de existência tem apresentado um trabalho evolutivo a nível de fantasias apresentadas.



-Que gostarias de ver acontecer no samba em Portugal e mais particularmente no Carnaval de Sesimbra ?


No Carnaval de Sesimbra a nível das Escolas de Samba muitos pontos deveriam de ser pensados e melhorados. O percurso deveria ser outro, isto porque é muito bonito um desfile à beira mar, sim senhor, mas sem condições para as Escolas não. Não existe largura suficiente para apresentarmos o nosso espectáculo, ou seja, condiciona-nos a nível de alegorias, não conseguindo trazer para a avenida carros alegóricos com mais largura, e o mais absurdo são as figuras mais importantes do desfile não conseguirem mostrar o seu trabalho, que é o casal de porta bandeira e mestre sala. A Escola de Samba não consegue levar os guardiões do casal pois a largura da avenida não é suficiente. Já para não falar de sambar em calçada!!!

Sou da opinião do concurso de Escolas de Samba, com um regulamento bem elaborado e um júri justo.

E, como é óbvio o percurso deveria ser fechado e quem quisesse assistir ao espectáculo teria obviamente de pagar para isso. Somos das únicas terras que oferece um espectáculo destes grátis!!!

A nível nacional porque não repetir o desfile que se fez na Expo?? Acho que o convívio entre as Escolas de Samba a nível de todo o país é importante e só leva a um maior enriquecimento das Escolas e do Samba em Portugal. Deveria existir uma maior participação por parte das Escolas de Samba em festas tropicais, festivais de Samba e espectáculos. Só há a ganhar com isso!!!



- E a nível Nacional que gostavas que mudasse para que as escolas de samba fossem mais valorizadas?


Para nos darem valor temos que mostrar primeiro que o merecemos, tem que se ter um trabalho diário em prol do samba. Mostrar trabalho e que amamos o que fazemos!!

As Escolas devem-se respeitar mutuamente e mostrarem-se mais unidas, como já referi anteriormente participando mais activamente nas actividades umas das outras, e como também já salientei lançarem-se no projecto de um desfile nacional.


Muito obrigado e muitas felicidades.